Nossa família sempre teve membros caninos. Eu e meus irmãos tivemos a sorte de conviver com eles, desde muito cedo. Em 2008, adotei o meu primeiro cão em um abrigo, o Félix, e foi então que tomei conhecimento de uma realidade, que estava diante dos meus olhos, mas ingenuamente, eu ignorava: o sofrimento dos cães abandonados e a luta de seres humanos especiais para abrigá-los e protegê-los até que encontrassem um lar amoroso e seguro. A partir daí, adotamos outros. Infelizmente, o Félix morreu no ano passado, devido a complicações no tratamento de um câncer e a minha cachorra, que era sua companheira, ficou muito triste. Decidi adotar outro cão para fazer companhia a ela e comecei a procurar nos sites de adoção. Acertei com uma ONG para fazer uma visita, mas como o abrigo era em um sítio, as visitas ficavam impossibilitadas de ocorrer em dias de chuva. Foram três finais de semana tentando visitar o abrigo ... nos três, choveu. Nesse meio tempo encontrei o ?Patinhas Online? e agendei uma visita. No dia, resolvi levar a minha cachorra para ajudar na escolha, afinal ela era uma das principais interessadas. Inicialmente pensei em adotar uma fêmea. Chegando ao abrigo, escolhi uma e levamos para a minha cachorra conhecê-la ... não rolou ... minha cachorra ignorou-a e a outra ficou toda eriçada ... sinal claro de que não houve afinidade. Trouxemos outra fêmea e, minha cachorra e ela se ignoraram, mutuamente. Foi então que eu decidi ouvir meu coração e pedi para trazerem um cão macho, que eu tinha visto: branco, de manchas pretas, olhos cor de mel e uma simpatia que se percebia à distância. Na hora que ele chegou, foi amor à primeira vista de todos. Minha cachorra ficou toda animada! Também, pudera, o lindão já chegou lambendo a cara dela. E não parou por aí, distribuiu beijos pra todo mundo. Não restavam dúvidas, esse era o escolhido. Já no carro, na volta pra casa, eu sabia que tinha feito a escolha certa. Os dois vieram sentados, juntinhos, como se tivessem sido amigos a vida toda. E tem sido assim, desde então. Demos a ele o nome de Max e ele é o ser mais fofo que já encontrei na vida: meigo, doce, tranquilo, sereno, super boa praça. Fez amizade com todos da família, humanos e caninos. Não estranhou absolutamente nada. No dia seguinte à sua chegada, já defendia a casa de estranhos como se tivesse crescido aqui. Quando eu estava procurando um cão para adotar, me disseram que Deus colocaria na minha vida aquele que tivesse que ser e hoje eu tenho certeza que foi exatamente assim. Não é à toa que não deram certo as minhas tentativas com o outro abrigo ... era no Patinhas Online que o Max estava me esperando. Sou muito grata a vocês por terem cuidado dele enquanto não nos encontrávamos. Para quem está pensando em adotar, eu digo: adotem um cão adulto. É uma experiência maravilhosa! Na verdade, são eles que adotam a gente ... nos aceitam, nos acolhem, nos protegem. O Max está aqui em casa há um mês e já nos recepciona com pulinhos de alegria e um olhar que diz muito mais do que um ?obrigado?, diz ?eu te reconheço como digno do meu amor? ... e não há honra maior, para seres tão imperfeitos quanto nós, do que merecer a devoção de criaturas inocentes, amorosas e leais como os cães.