Ela tinha somente 2 meses e era muito linda. Nós fomos ao abrigo com a Adriana e deixamos a Lilica lá, em um cantinho, muito amedrontada. Ficamos muito comovidos com a situação e depois de uma semana discutindo os prós e, principalmente, os contras, resolvemos ir buscá-la. E até já tínhamos escolhido um nome, Ariel. A adaptação dela em casa no ínicio foi um pouco difícil, cuidar de um filhotinho requer muito amor, paciência e noites mal dormidas. Ela cresceu muito rápido, assim como nosso amor por ela e seu instinto destruidor. Nada escapava, ela mordia o carro, o sifão do tanque e tudo o que ficasse pelo caminho. 

Quando ela fez 5 meses decidimos colocá-la no Agility para que ela socializasse com outros cachorros e assim, percebemos o quanto ela sentia falta de uma companhia. Começamos a pensar em outra adoção, mas ficamos em dúvida se isso seria bom para ela uma vez que ela era o xodó da casa e tinha toda a nossa atenção. Nós fomos amadurecendo a idéia, conversando com outras pessoas e finalmente resolvemos adotar o Patrick, que é irmão dela e também tinha sido devolvido. Fomos buscá-lo em um feriado prolongado para que pudéssemos acompanhar a adaptação dele em casa e tenho certeza de que foi a data certa. 

Nesse dia os outros cachorros o atacaram e ele teve que sair do abrigo carregado. Ele já tinha mais de um ano e se adaptou muito rápido em casa, e a Ariel se adaptou muito rápido a ele. Hoje eles estão com 1 ano e 7 meses, são muito carinhosos, meigos, gostam sempre de estar por perto e não se desgrudam. 

O Patrick nem parece o cachorro que nós buscamos, está lindo e muito saudável. E a Ariel, assim como nós, está muito mais feliz. Nós passamos pela experiência de adoção de um filhote e de um adulto. São adoções diferentes, mas muito recompensadoras. A Ariel é agitada, mimada e faz amizade muito fácil. O Patrick é mais calmo, reservado e um pouco desconfiado, leva tempo para conquistá-lo. Independente das diferenças eles são os nossos bebezões e nós os amamos da mesma forma. Eles trouxeram a alegria pra nossa casa, e com eles, agora somos uma família de verdade.